quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Satanás Instiga a Ira na Família

Aprendemos, na proclamação sobre a família, que “a família é essencial ao plano do Criador” e que “o marido e a mulher têm a solene responsabilidade de amar-se mutuamente e de cuidar um do outro”, e “o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão”.
A família é também o alvo primordial de Satanás. Ele está em guerra contra a família. Uma de suas estratégias é a maneira sutil e astuta de, sem ser notado, penetrar em território inimigo, ou seja, em nosso lar e nossa vida.
Ele prejudica e, muitas vezes, destrói famílias dentro das próprias paredes do lar. Seu plano é levar os membros da família à ira.
Satanás é o “pai da discórdia”, que “leva a cólera ao coração dos homens, para contenderem uns com os outros”. (3 Néfi 11:29; grifo do autor) O verbo “levar” parece fazer parte da receita de um desastre: Leve os gênios ao fogo médio, acrescente algumas palavras ideais para levar à fervura, continue mexendo até engrossar; esfrie; deixe descansar por vários dias, até que os sentimentos se tornem bem frios; sirva gelado. Sempre há muitas sobras.
Uma característica astuciosa da estratégia de Satanás é convencer-nos de que ira e arbítrio nada têm a ver um com o outro, fazendo-nos acreditar que somos vítimas de uma emoção incontrolável. Ouvimos:
“Perdi a cabeça”. Perder a cabeça é uma expressão interessante que se tornou muito usada. “Perder alguma coisa” implica em “não ter a intenção”, “por acaso”, “involuntário”, “não ser responsável”, talvez um pouco descuidado, mas “sem responsabilidade”.
“Ele tirou-me do sério.” Essa é outra frase que ouvimos, que também implica em falta de controle ou arbítrio. É um mito que precisa ser desmascarado. Ninguém nos tira do sério. As pessoas não nos irritam. Não há quaisquer forças atuando. Ficar zangado é uma escolha consciente, uma decisão; portanto, podemos escolher não nos zangar. Nós escolhemos!
“Agredir (…) refrear a ira, conversar e berrar” são todas estratégias que aprendemos para lidar com a ira. “Nós escolhemos as que se mostraram eficazes para nós no passado. Já repararam como é raro perdermos o controle quando somos frustrados por nosso chefe, mas como é fácil perdermos o mesmo controle quando um amigo ou membro da família nos aborrece?”
O Que o Senhor Ensina.
Aquele que tem o espírito de discórdia não é meu, mas é do diabo, que é o pai da discórdia e leva a cólera ao coração dos homens, para contenderem uns com os outros.
Quando Nos Iramos, Cedemos à Influência de Satanás.
A ira é uma submissão à influência de Satanás ao renegarmos nosso autocontrole. É o pecado em pensamento que nos leva a ter sentimentos ou comportamentos hostis. É a causa das brigas entre motoristas na estrada, das discussões e brigas em competições esportivas e da violência dentro do lar.
Quando não é dominada, a ira pode rapidamente detonar uma explosão de palavras cruéis e outras formas de agressão emocional que podem ferir um coração terno. “O que sai da boca”, disse o Salvador, “isso é o que contamina o homem.” (Mateus 15:11)
“Que o marido e a esposa jamais gritem um com o outro, ‘a menos que a casa esteja em chamas’”.
A ira é uma tentativa grosseira de fazer com que outra pessoa se sinta culpada, ou é uma maneira cruel de repreendê-la. Muitas vezes confundida com disciplina, mas é quase sempre contraproducente. Por isso temos a advertência nas escrituras: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas”, e “vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.” (Colossenses 3:19, 21)
A escolha e a responsabilidade são princípios inseparáveis. Por tratar-se de uma escolha, a ira é alvo de vigorosa advertência na proclamação: “as pessoas (…) que maltratam o cônjuge ou os filhos (…) deverão um dia responder perante Deus”.
O primeiro passo para eliminarmos a ira é entendermos sua ligação com o arbítrio. Podemos escolher não ficarmos irados. E podemos fazer essa escolha hoje, agora mesmo. “Nunca mais ficarei irado.” Pondere essa decisão.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O Poder de Cura do Perdão

Presidente Gordon B. Hinckley
O espírito de perdão e a atitude de amor e compaixão para com aqueles que achamos que nos fizeram mal é a própria essência do evangelho de Jesus Cristo. Todos precisamos desse espírito. O mundo todo precisa dele. O Salvador ensinou e exemplificou-o como nenhuma outra pessoa jamais o fez.
“Meus discípulos, nos dias antigos, procuraram pretextos uns contra os outros e em seu coração não se perdoaram; e por esse mal foram afligidos e severamente repreendidos.
Portanto digo-vos que vos deveis perdoar uns aos outros; pois aquele que não perdoa a seu irmão suas ofensas está em condenação diante do Senhor; pois nele permanece o pecado maior.
Eu, o Senhor, perdoarei a quem desejo perdoar, mas de vós é exigido que perdoeis a todos os homens.
E devíeis dizer em vosso coração: Que julgue Deus entre mim e ti e te recompense de acordo com teus feitos”. (D&C 64:8–11)
Como temos necessidade de aplicar esse princípio divino, bem como aquele que o acompanha, o arrependimento! Vemos a necessidade dele nos lares em que as pessoas transformam pequeninos montes de desentendimento .
Isso acaba-se transformando em um cancro corrosivo e destruidor. Será que existe em nossos dias uma virtude mais necessária do que a de perdoar e esquecer? Existem pessoas que acham que isso é sinal de fraqueza. Será que é? Eu acho que não é necessário força ou inteligência para ficar remoendo as injustiças que sofremos, para viver com o espírito de vingança, para desperdiçar nossos talentos no planejamento de retaliações. Não encontramos paz nutrindo os ressentimentos.
Não somos felizes quando vivemos para o dia da vingança.
Recordo-me de uma longa conversa com um casal, no meu escritório. Havia grande rancor entre eles. Eu sei que houve tempo em que seu amor era profundo e verdadeiro, mas cada um tinha desenvolvido o hábito de mencionar as faltas do outro. Sem disposição para perdoar o tipo de erros que todos nós cometemos, e sem vontade de esquecê-los, viver acima deles e ser tolerantes, ficaram achando faltas um no outro, até que o amor que antes sentiam desvaneceu, virando cinzas e terminando num divórcio sem motivo aparente. Hoje só restam a solidão e as recriminações. Tenho a certeza de que, se tivesse havido um mínimo de arrependimento e perdão, eles ainda estariam juntos, gozando do companheirismo que tanto enriquecera seus primeiros anos de casados.
curemos as feridas—oh! As muitas feridas causadas por palavras cortantes, por mágoas teimosamente cultivadas, por planos de vingança contra quem nos tenha prejudicado. Todos temos um pouco desse espírito de vingança dentro de nós. Felizmente, também, temos o poder de elevar-nos acima dele, se nos revestirmos com o “vínculo da caridade, que é o vínculo da perfeição e paz”. (D&C 88:125)
“Errar é humano, perdoar é divino.” (Alexander Pope, An Essay on Criticism, 2:1711) Não podemos encontrar a paz, quando continuamos a lembrar a dor das velhas feridas. Só conseguiremos encontrá-la no arrependimento e no perdão. Essa é a doce paz de Cristo, que disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. (Mateus 5:9)

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Harmonia no Casamento

Um casamento honroso, feliz e estável é, sem dúvida, a meta principal de toda pessoa normal. O casamento é, talvez, a mais importante das decisões, e a de conseqüências mais abrangentes, pois afeta não apenas a felicidade imediata, como também a ventura eterna. Não afeta apenas as duas pessoas envolvidas, como sua família, particularmente os filhos, e os filhos dos filhos por muitas gerações.
A escolha de um companheiro para a vida e a eternidade merece planejamento, cuidadosa reflexão e também oração e jejum, pois de todas as decisões que tomamos, esta é uma em que não devemos errar. O verdadeiro casamento exige harmonia de pensamentos bem como de emoções. As decisões não devem basear-se inteiramente nas emoções, mas sim no raciocínio e nos sentimentos, reforçados pelo jejum, a oração e séria reflexão. Isso dará ao casamento as maiores possibilidades de felicidade. Isso exige sacrifício, disposição para compartilhar e muita abnegação.
A felicidade não é como a luz elétrica, não basta apertar um botão para consegui-la. Ela é um estado mental, vem do íntimo; precisa ser merecida; não pode ser comprada e não é gratuita.
Já percebemos que a mera celebração de uma cerimônia não garante a felicidade e o sucesso do casamento. A felicidade não é como a luz elétrica, não basta apertar um botão para consegui-la. Ela é um estado mental, vem do íntimo; precisa ser merecida; não pode ser comprada e não é gratuita.
Alguns pensam que a felicidade é uma vida glamourosa e fácil, luxuosa e emocionante; mas o casamento autêntico baseia-se numa felicidade que vai além disso, que emana do que doamos aos outros, do serviço, da generosidade, do sacrifício e da abnegação.
Temos de assumir as responsabilidades e aceitar novos deveres. É preciso abrir mão de parte da liberdade pessoal e fazer muitos ajustes, sem egoísmo.
Depois de bem pouco tempo de casados, percebemos que o cônjuge tem fraquezas desconhecidas; que as virtudes continuamente ressaltadas durante o namoro tornam-se relativamente menores, e as fraquezas, antes tão pequenas e insignificantes, adquirem grandes proporções. É nesse momento que precisamos ser compreensivos, fazer uma auto-avaliação, ter bom-senso, raciocinar e planejar. Os hábitos antigos aparecem, o cônjuge pode ser avarento ou gastador, preguiçoso ou trabalhador, religioso ou não; pode ser agradável e pronto a ajudar, ou impertinente e mal-humorado, exigente ou generoso, egoísta ou propenso a menosprezar-se.
É difícil substituir os gastos desnecessários pela economia e, ao que parece, é comum que os jovens fiquem muito ansiosos em igualar seu estilo de vida ao de conhecidos mais abastados. Muitas vezes há relutância em se fazer os ajustes financeiros necessários.
Algumas mostram-se bastante dispostas a ajudar a ganhar o dinheiro para os supérfluos, continuando a trabalhar fora depois do casamento. Para isso, abandonam seus deveres domésticos em favor de uma carreira profissional, promovendo um tipo de equilíbrio econômico difícil de abandonar em favor de uma vida familiar normal. O fato de o marido e mulher trabalharem tende a gerar rivalidade na família em vez de cooperação. Duas pessoas extenuadas voltam para casa tensas, cheias de orgulho e mais independentes; é nesse momento que surgem os desentendimentos. As pequenas desavenças se acumulam e tomam proporções imensas.
O casamento é difícil e existem muitos casamentos em conflito e frustrados, mas é possível conseguir a felicidade duradoura e o casamento pode proporcionar mais alegrias indescritíveis do que a mente humana é capaz de conceber. Essa felicidade está ao alcance de todos os casais, de todas as pessoas. A idéia de “almas gêmeas” é fictícia e ilusória. É verdade que todos os rapazes e moças procuram com toda a diligência um par com quem a vida seja mais harmoniosa e bela; entretanto, é certo que basicamente qualquer bom homem e qualquer boa mulher podem ser felizes e bem-sucedidos no casamento se estiverem dispostos a pagar o preço.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Dividir as Responsabilidades do Lar e da Família

Sejam verdadeiros companheiros nas responsabilidades do lar e da família. Não sejam como o marido que fica sentado esperando ser servido, achando que sua obrigação é prover o sustento da família enquanto a esposa é a única responsável pela casa e pelos filhos. Cuidar do lar e da família é responsabilidade de mais de uma pessoa.
Reservem tempo para estudar as escrituras juntos e sigam este sábio conselho do Presidente Kimball:
“Quando o marido e a mulher costumam ir sempre ao templo juntos, oram de joelhos juntos em casa com a família, vão para as reuniões da Igreja de mãos dadas, vivem em total castidade (mental e física) (…) e trabalham juntos em prol da edificação do reino de Deus, a felicidade alcança o ponto culminante”.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Desculpe-me.

Digam prontamente: “Desculpe-me”. Por mais difícil que seja formular as palavras, sejam rápidos em dizer “por favor, desculpe-me”, ainda que não tenham toda a culpa. Aqueles que estão dispostos a admitir prontamente os próprios erros e as ofensas conseguem desenvolver o verdadeiro amor.
Quando surgirem diferenças, é importante sermos capazes de conversar a respeito delas e resolvê-las. Há momentos, porém, em que é melhor esperar um pouco. É importante morder a língua, contar até dez ou, se preciso, até cem; e, ocasionalmente, se deixarmos o assunto para o dia seguinte, pela manhã, depois de descansar, encararemos o problema com mais tranqüilidade, mais calma e com maior probabilidade de chegarmos a uma solução.
Às vezes, ouvimos alguém dizer: “Estamos casados há cinqüenta anos e nunca tivemos uma divergência de opinião”. Se isso for verdade então um dos cônjuges é totalmente dominado pelo outro ou, como disse alguém, “desconhece a verdade”. Qualquer casal inteligente tem divergências. O desafio é termos certeza de que sabemos resolvê-las. Isso faz parte do processo de melhoria de um bom casamento.

Mantenham Acesa a Chama do Namoro

Mantenham acesa a chama do namoro. Reservem tempo para estarem juntos—só os dois. Por mais importante que seja estar com os filhos, em família, vocês precisam passar um tempo juntos, a sós, todas as semanas, regularmente. Ao incluírem esse dia no seu calendário, seus filhos saberão que vocês consideram o seu casamento tão importante que sentem a necessidade de cultivá-lo. Para isso é necessário tomar uma decisão, planejar e reservar tempo.
Não é preciso fazer algo dispendioso. O mais importante será o tempo que passarem juntos.